A RESSURREIÇÃO E A
VIDA
“No início do capítulo 11 encontramos Jesus à sombra da cruz. Seu pouco
tempo na área do Jordão terminara. João retomou a história após Jesus retornar
à região de Jerusalém, quando estava a poucos dias de sua morte por crucificação”
(John MacArthur, João, ECC, p. 45). O
momento é de intensa dor e ansiedade por parte da família de Lázaro. Lázaro e
suas irmãs eram amigos chegados de Cristo. Com a doença de Lázaro, suas irmãs
logo recorrem a Jesus, na esperança de que ele poderia curá-lo. Mas, Jesus vai
fazer mais do que uma cura. Ele bem poderia ter feito como em outros casos, em
que somente deu ordem, mesmo a distância, e o doente era curado.
Por um tempo parece que tudo está perdido, pois Lázaro vem a falecer,
há uma demora de Cristo para chegar, mas no fim, ele mostra o seu grande amor e
seu imenso poder, para realizar um milagre incontestável. O propósito disso era
a glória de Deus e a glória do Filho. A ressurreição depois de um período
considerável de tempo é um milagre maior do que evitar a morte. “Era assim que a enfermidade de Lázaro devia
ser para a glória de Deus: Enfermidade, morte, volta à vida, fé, glória de
Deus. Jesus sempre viu esses passos desde o começo. Ele sempre vê o fim desde o
começo. Nós vemos um passo de cada vez, e algumas vezes, nem ao menos isso.
Então a atitude de humilde confiança é a única apropriada” (William Hendriksen,
João, ECC, p. 532).
Nesse texto Jesus diz o quinto grande EU SOU (Jo 11.25). “Jesus mostra
a Marta que ele é sempre a Ressurreição e a Vida, para sempre vitorioso sobre a
morte. Dessa maneira, a morte real (separação do amor de Deus em Cristo) não
existe para o crente, nem agora nem nunca. E mesmo a morte física nunca é tal
que não possa ser posta de lado por ele” (Hendriksen, p. 533).
Depois das conversas com Marta e Maria, Jesus vai até o túmulo de
Lázaro, e quando vê aquelas pessoas amadas chorando, ele também chora de modo
intenso. Essas lágrimas são de genuína simpatia. Jesus se revela aqui como
aquele que “tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre
si” (Is 53.4), e que é afligido por todas as nossas aflições. Jesus se preocupa
com o sofrimento de seus amigos.
O grande momento. Depois de uma oração comovente a seu Pai celestial,
Jesus grita: “Lázaro, vem para fora”. E de fato Lázaro vem. O morto revive e
sai daquela situação de morte para a vida.
“O cenário muda de ódio e rejeição (Jo 10.39) para um testemunho
inconfundível e abençoado de sua glória. Toda rejeição e ódio dos judeus não
podiam ofuscar a glória de Cristo evidenciada pela ressurreição de Lázaro. Esse
milagre é o sinal mais dramático do Evangelho de João e é o ponto crucial no
ministério público de Jesus e, como tal, evidencia sua glória de, pelo menos,
três modos: 1- Ele apontou claramente para a sua divindade; 2- Ele fortalece a
fé dos discípulos; 3- Ele levava diretamente para a cruz (12.23)” (MacArthur,
p. 45).
Para nossa reflexão: De que maneira temos reagido diante das más
notícias, das enfermidades e das perdas? Com lamentação e murmúrio, ou com fé e
aceitação? De que modo a afirmação de Cristo, de que ele é a ressurreição e a
vida nos capacita a enfrentarmos a realidade da morte?
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