OS EFEITOS DA
RESSURREIÇÃO
Jesus ressuscitou no domingo de manhã e apareceu aos discípulos pela
primeira vez ao cair da tarde do mesmo dia. Maria já tinha lhes dito que viu
Jesus, mas ainda havia desconfiança por parte dos discípulos. Eles estavam com
as portas trancadas, certamente com medo dos judeus, e Jesus aparece no meio
deles de modo súbito.
Uma das grandes mudanças ocorridas na vida do povo de Deus a partir da
ressurreição, foi o dia consagrado ao Senhor. A partir daquele momento, os
cristãos passaram a se reunir sempre no primeiro dia da semana para o Culto ao
Senhor, o grande motivo foi a ressurreição de Cristo. “A mudança do sétimo para
o primeiro dia não se deu por algum decreto da igreja nem do imperador romano;
foi desde o princípio, decorrente da fé e do testemunho dos primeiros cristãos”
(Hernandes Dias Lopes, João, Editora
Hagnos, p. 497). Vejamos as mudanças geradas a partir daquele momento.
1- O fim do medo (19-20). Os discípulos tiveram medo e se esconderam
depois a morte de Cristo, mas depois que o viram ressuscitado, assumiram uma
postura de coragem e ousadia, sendo presos e perseguidos, mas a cada dia eles
se dispunham a fazer mais por causa de Cristo. Isso também era fruto da paz que
Cristo trouxe ao lhes provar que suas palavras se cumpriram.
2-A Missão (21). Jesus envia os discípulos do
mesmo modo que o Pai o tinha enviado. “O mandato de Cristo não é apenas para
fazer a obra, mas para fazer da mesma maneira que ele havia feito. Jesus fez a
obra perfeita, pagando na cruz o preço de nossos pecados, e agora ele vence
todos os inimigos, sendo o maior, a morte. O papel dos discípulos agora é o de
proclamar esta vitória da cruz e da ressurreição.
3- O poder (v. 22-23). Jesus concede poder aos
discípulos, soprando sobre eles o seu Espírito. Ali ele começa a cumprir sua
promessa do Consolador que viria. Com o Pentecostes, o Espírito Santo é
derramado sobre a Igreja. Ele vem para estar com o povo de Deus até a segunda
vinda de Cristo. Esta é a nossa maior garantia de que podemos cumprir a missão
que nos foi dada e enfrentar todos os nossos desafios. Não estamos sozinhos,
nem incapacitados. Temos a companhia e o poder do Espírito.
4- O exemplo de Tomé
(v.24-29). Tomé,
um dos doze, não estava presente quando Jesus veio a primeira vez, e quando os
discípulos lhe contaram do aparecimento de Jesus, ele duvidou, ele disse que só
creria se visse e tocasse em Jesus. Jesus vem novamente, no primeiro dia da
semana, quando os discípulos estavam reunidos. Dessa vez Tomé estava presente e
é duramente confrontado por Jesus. Diante da prova incontestável, ele faz uma
das mais lindas confissões de todos os tempos: “Senhor meu e Deus meu!” Jesus
estabelece um novo paradigma: “Bem-aventurados os que não viram e creram”. “A
fé não precisa ver para crer; a fé crê, por isso vê” (Hernandes, João, p. 499). Tomé tornou-se um dos
maiores pregadores do Cristo ressurreto, vindo finalmente, a morrer como mártir
por amor a Cristo.
João em seguida, (v. 30-31), deixa claro que seu escopo, na produção do
evangelho, foi levar os leitores exatamente à mesma fé em Cristo.
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