A Prisão e o
Julgamento de Jesus
1- A Prisão (v. 1-11). Terminada a oração
sacerdotal, Jesus vai para o Getsêmani. João omite o sofrimento e a angústia de
Jesus de modo proposital. Ele mostra que, a despeito de todo o seu sofrimento,
Jesus não é uma vítima indefesa. Ele se apresenta aos soldados e assume quem
ele é. Isso ele faz para que nenhum dos seus discípulos fosse levado com Ele.
Jesus está no controle das ações. Os guardas o temem, mas ele se entrega. Pedro
fere o soldado Malco, mas Jesus o cura e mostra sua disposição de cumprir todo
o plano de Deus.
2- O Julgamento (v.12-14,
19-24, 28-40). Jesus
é levado preso. O julgamento é todo ilegal por vários motivos: “1- julgamentos
que pudessem resultar em pena de morte não eram permitidos à noite; 2- a prisão
de Jesus foi feita como resultado de suborno; 3- Jesus foi solicitado a se
autoincriminar; 4- no caso de pena capital, a lei judaica não permitia que a
sentença fosse pronunciada até o dia seguinte àquele em que o acusado foi
condenado” (Hendriksen, João, ECC, p.
811).
Jesus é levado primeiro a Anás, o sogro de Caifás, sumo sacerdote. Anás
era quem na verdade controlava a religião judaica e o Sinédrio (o tribunal
religioso dos judeus). “Esses homens ocupavam a posição mais elevada da religião
judaica, mas viviam da forma mais execrável. Haviam se corrompido doutrinária e
moralmente. A religião para eles era apenas uma fonte de lucro. Transformaram a
casa de Deus num covil de ladrões” (Hernandes Dias Lopes, João, p. 455). O julgamento foi apenas uma forma de legitimar a
decisão que os dois já haviam tomado há muito tempo. Em suma, “o Sinédrio
sentencia Jesus à morte por dois crimes graves: blasfêmia e sedição; rebelião
contra Deus e contra César; pecado religioso e político” (Lopes, João, p. 457). Jesus não havia cometido
nenhum deles, pois ao afirmar sua divindade, ele estava mostrando a verdade e
diante de Pilatos ele mostra que seu Reino não é deste mundo, e ele jamais
intentou se assentar no trono de César, nem de nenhum outro rei terreno.
Diante de Anás, Jesus em momento algum demonstra temor ou insegurança.
Ele deixa claro que o seu ensinamento era público e era de conhecimento de
todos (v.20-21). “Ele não constrói provas contra si mesmo, nem dá munição ao
seu inquiridor” (Lopes, p. 456).
Como o Sinédrio não tinha o poder de condenar e matar ninguém, era
necessário fazer com que o tribunal romano o fizesse. Por isso Jesus foi levado
também a Pilatos (v. 28-40). João demonstra que Pilatos não viu nas acusações
dos judeus evidência de crime algum e estava disposto a livrar Jesus, mas
forçado pela multidão ele resolve condenar Jesus à morte e libertar um
criminoso chamado Barrabás.
3- A Negação de Pedro
(v.15-18, 25-27). Paralelo ao julgamento, Pedro nega Jesus por três vezes, como Jesus
tinha dito. Diante de pessoas simples e inexpressivas, Pedro demonstra a sua
incoerência e sua inconstância. Em um momento ele jura lealdade até o fim e
logo depois ele se vê amedrontado diante do perigo da morte.
Perguntas para reflexão: Será que estamos prontos a
lutar por Cristo em qualquer situação? De que modo negamos Cristo em nossa
vida?
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