A Morte de Cristo
1- A Crucificação (v. 17-22).
Uma vez
terminado o julgamento de Jesus diante do Sinédrio e de Pilatos, Jesus é
entregue para ser morto, e o tipo de morte: morte de cruz. A despeito da
repulsa que temos pela forma brutal como ele foi tratado e injustamente
condenado, podemos afirmar que a morte de Cristo não foi uma surpresa, nem um
acidente, antes, foi o cumprimento do plano salvífico de Deus. “O calvário é o
maior drama da História. É o palco da justiça de Deus, de seu consumado repúdio
ao pecado e também, o palco do infinito amor de Deus, pois ali ele não poupou o
próprio Filho para nos salvar” (Hernandes Dias Lopes, João, p. 476).
Jesus já estava com as forças esgotadas. Uma noite inteira sem dormir,
estivera preso, sendo castigado pelos judeus. Diante dos romanos ele é
açoitado, cuspido e escarnecido. Uma vez condenado ele é obrigado a levar sua
cruz até o local da execução, o Calvário. Alguns fatos que merecem destaque: 1- Jesus carrega a sua cruz – Ele não
age como vítima, mas como um rei que caminha para a sua coroação. 2- Jesus é crucificado entre dois
malfeitores – “A crucificação era o mais cruel e sórdido dos castigos.
Consistia em fixar os braços ou mãos da vítima no travessão para então içá-lo
até que ficasse em cima da estaca vertical, na qual os pés eram fixados”
(Lopes, p. 477). Isso era acompanhado de dor, câimbras, sede e asfixia. Essa
pena era aplicada aos criminosos mais sórdidos, especialmente os que instigavam
insurreições. Jesus foi crucificado no meio de dois malfeitores, significando
que ele foi considerado o pior deles. A presença de Jesus ali naquele lugar de
morte propiciou a salvação de um dos criminosos, o que estava à direita, pois
este o reconheceu como o Filho de Deus, enquanto que o outro permaneceu no seu
pecado e na perdição. 3- Jesus é
declarado rei dos judeus. Para escarnecer de Jesus e dos judeus, Pilatos
manda escrever numa tábua e fixar na cruz: Jesus Nazareno, rei dos judeus. Isso
também representava a acusação que pesava sobre ele. Mas o que ele fez na
verdade, foi afirmar o caráter real de Jesus.
2- O tratamento de Maria
(25-27). “O
velho Simeão havia profetizado que a alma de Maria seria traspassada por uma
espada (Lc 2.35). Esse dia chegou” (Lopes, p. 481). Maria estava ali junto à
cruz, com outras mulheres e também com o discípulo amada, João. Havia dor no
coração de todos, mas não desespero. Ali, Jesus demonstra seu cuidado com sua
mãe, deixando-a sob os cuidados de João.
3- A morte de Jesus (28-37). O relato é breve, mas com
verdades impressionantes: 1- Jesus demonstra seu sofrimento físico (v. 28). Ele
disse: Tenho sede. 2- Jesus demonstra seu retumbante triunfo (v.30). Jesus
disse: Está consumado! Em grego: Tetélestai!
Essa palavra tem três significados básicos: a- Missão cumprida – Jesus
cumpriu cabalmente sua missão dada pelo Pai; b- Resgate definitivo – Jesus
rasgou o escrito de dívida que era contra nós e o encravou na cruz. Nele
estamos perdoados definitivamente; c- Posse permanente e definitiva – Quando
uma pessoa comprava um imóvel, após efetuar o pagamento, recebia uma escritura
definitiva com o carimbo: tetélestai. Quando
Cristo bradou na cruz: Está consumado, ele nos entregou o certificado, a
garantia e a escritura registrada da nossa posse de uma herança eterna,
incorruptível e gloriosa no céu. 3- Jesus demonstra sua serenidade e rende seu
espírito. Jesus demonstra seu contentamento e se entrega ao Pai. Ele está no
controle. O seu espírito não lhe foi tomado, ele o entrega.
Depois de morto, ele é sepultado de modo rápido (38-42), sem ter nenhum
osso quebrado e é colocado num túmulo novo. Tudo isso demonstra o cumprimento
das profecias e também o controle de Deus sobre todos os eventos.
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