A Intimidade com Jesus e
a inimizade do mundo
Depois
de confortar seus discípulos, Jesus traz a sétima afirmação: EU SOU. Ele já tinha dito: Eu sou o pão da vida. Eu sou a luz do mundo. Eu sou a porta. Eu sou o bom pastor. Eu sou
a ressurreição e a vida. Eu sou o
caminho, a verdade e a vida. Agora Jesus diz: Eu sou a videira verdadeira.
No
Antigo testamento, a videira é um símbolo comum para Israel (Sl 80.9-16; Is
5.1-7). Mas, essa figura relacionada a Israel sempre traz o aspecto negativo do
fracasso da videira em produzir bom fruto. Nesse momento, em contraste com tal
fracasso, Jesus declara: Eu sou a videira
verdadeira, isto é, aquela para quem Israel apontava, aquela que produz bom
fruto. Vejamos os ensinamentos de Jesus:
1- Estamos ligados a Cristo, por
isso precisamos produzir frutos (v. 1-11). Na
metáfora da videira, Jesus mostra quão profundamente estamos ligados a ele. Há
uma união orgânica, vital, profunda. Jesus é a videira verdadeira, plenamente
capaz de produzir bons frutos (v.1). Os ramos são os servos de Deus, somos nós.
O ramo não é capaz de gerar a própria vida, antes, deve retirá-la da videira. O
agricultor é o Pai, e ele levanta, limpa e poda os ramos. Os frutos são o alvo
da videira, não há outro propósito para ela.
O
propósito precípuo de Jesus aqui é mostrar que o Pai está trabalhando na vida
dos discípulos, que permanecem em Cristo, a fim de que produzam muitos frutos.
Se eles não permanecerem em Cristo, não fazem parte da videira, da família, da
igreja, do rebanho. Estamos aqui para produzir frutos para Deus e dar glória ao
seu nome através de uma vida frutífera.
Os
processos de levantar, limpar e podar implicam em ações de tratamento de Deus
para com os seus filhos. Isso envolve disciplina e correção e redundam no
crescimento daqueles que amam a Deus.
2- Somos amigos de Cristo, por
isso precisamos obedecer (12-17). Jesus
lança mão de outra imagem para enfatizar o estreito relacionamento entre ele e
seus discípulos. Embora seus discípulos continuem sendo servos, ele passa a
chama-los de amigos (v. 13). A evidência dessa amizade é o amor e a obediência
(v. 12 e 14), e o propósito dessa amizade é a abundancia de frutos (v. 16).
Aqui Jesus reafirma o mandamento do amor uns aos outros, este mandamento
implica na disposição do sacrifício (1 Jo 3.16). A amizade que temos com Cristo
é fruto da escolha livre que Ele fez de cada um de nós. Fomos escolhidos, e a
escolha é fruto da graça e não do mérito (v. 16).
3- Somos amigos de Cristo, por
isso o mundo nos odeia (13-27). Jesus
deixa claro que os seus discípulos serão odiados pelo mundo pelo fato de serem
seus amigos (18-20). O ódio do mundo o
leva a perseguir os filhos de Deus. Mas isso torna o mundo culpado diante de
Deus, pois ouviu o enviado de Deus e o odiou. O pecado do mundo não é de ignorância,
mas de rejeição consciente e afrontosa (v. 22-23). Além disso, o mundo se torna
culpado, porque mesmo tendo visto as obras do envaido de Deus e o odiou
(24-27).
Jesus
deixa claro para os discípulos que, mesmo que o mundo tenha uma rejeição tão
radical. O Espírito Santo da verdade, que ele enviará, dará pleno testemunho a
seu respeito e capacitará os discípulos a fazem o mesmo (v. 26-27). (Estudo
baseado em: Lopes, Hernandes Dias. João,
As Glórias do Filho de Deus, Hagnos, p. 385-402).
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