JESUS, A FONTE DA
ÁGUA DA VIDA
O ministério Galileu estava terminando. Seguiram-se seis meses, no
chamado Ministério do Retiro, quando ele passou nas regiões do norte do país.
Com a passagem de 7.2 tem início o relato do Ministério Posterior na Judeia,
quando Jesus vai a Jerusalém para participar da festa dos Tabernáculos. Ali ele
faz o seu apelo, oferecendo a água da vida, mas enfrenta dura resistência dos
seus inimigos, o ódio dos judeus é intensificado, diante das afirmações de
Jesus sobre quem ele era.
1- A incredulidade dos
familiares de Cristo (v. 1- 9). Os próprios irmãos de Jesus (Tiago, José, Simão e
Judas – Mt 13.55), por muito tempo duvidavam da Sua divindade e não entendiam a
razão de sua permanência no norte, longe da capital Jerusalém. Eles pensavam
que se ele queria ser conhecido, deveria se mostrar no meio da festa. Mas Jesus
entendia que havia um tempo próprio e determinado pelo Pai para cada coisa
acontecer. O tempo de Deus (Kairós) ainda
não havia chegado, mas em breve chegaria, durante a próxima Páscoa (v. 6, 9).
2- Jesus na festa dos
Tabernáculos (v. 10-24). Jesus resolve ir a Jerusalém, depois de sua família. Mas ele de modo
oculto, para que os judeus não o soubessem com tempo de preparar alguma
armadilha. Jesus despertou sentimentos variados nas multidões, e mesmo dúvidas.
Mas quando ele foi ao templo e ensinava, os judeus se manifestaram abertamente.
Primeiro, eles não entendiam como ele podia ensinar com tamanha capacidade, se
ele não havia estudado com nenhum dos escribas fariseus? Quanto a isso Jesus
responde que seu ensino não era dele, mas do Pai, aquele que o enviara e também
ele demonstra que o fato de Ele ser fiel àquele que o enviara autenticava tanto
o seu ensino como a sua pessoa (v. 16-18). Em segundo lugar, Jesus confronta os
judeus quanto à sua intenção de matá-lo e à sua contradição na interpretação da
Lei. Jesus mostra que Moisés permitiu que as crianças fossem circuncidadas no
sábado e ele mostra que a cura de um homem no sábado não fere a Lei (v. 19-24).
3- Jesus, a fonte da Água
Viva (25-53). Vemos
ainda a atitude dos habitantes de Jerusalém, abertamente contrária a Cristo,
mas totalmente equivocada. Eles assumiram uma crença errada de que o Messias
viria de um local ignorado, mas a Escritura anunciava que o Messias nasceria em
Belém. Eles pensavam que Jesus era de Nazaré, novamente errados. As multidões
começaram a murmurar sobre Jesus, o que levou os fariseus e os saduceus a
ordenar a prisão de Jesus. Diante desta tentativa de prendê-lo, Jesus os
confronta dizendo que logo ele iria para um lugar que eles não poderiam ir e
que eles não o poderiam achar (v. 33-34).
No final da Festa, Jesus falou palavras tremendas sobre sua obra de
salvação. Naquele dia era tirada água da fonte de Siloé e trazida pelo
sacerdote ao povo. “Longe de se afastar das pessoas, muitas das quais, de uma
maneira ou de outra o tinham rejeitado, Jesus faz seu gracioso convite: ‘Se
alguém tem sede, venha a mim e beba’” (Hendriksen, João, p. 353). Jesus aqui, cumpre profecias feitas havia mais de
500 anos por Ageu, naquele mesmo lugar, quando ele desafiava o povo a
reconstruir o templo (Ag 2.6-9). O convite de Cristo é espetacular, a bênção
não é somente para aquele que vem até ele, mas ela se estende para todos
quantos se chegarem a esta pessoa, pois Jesus nos dá a capacidade de transbordar
da água viva (v. 37-39).
Diante de palavras tão gloriosas, os Seus inimigos não puderam lhe
prender, pelo menos não naquele dia. Não era chegada a sua hora. Quem está no
controle é Deus!!!
Comentários
Postar um comentário